PRIMEIRO CAPITULO:
CAPITULO I
UM NOVO CÃO NA VIDA DA FAMÍLIA
Eu vou te contar a história do Zé Quixote, um cãozinho que pensava que era Dom Quixote.
Ai esta ele o protagonista de nossa hitória ZE QUIXOTE |
-Mas quem era o Dom Quixote?
Você vai saber!
Começaremos por apresentar a dona do cãozinho, Paulete. Uma menina muito espevitada e elétrica que nem conseguia completar uma frase, comia as palavrasquando soutava parecia uma metralhadora de letrinhas . E quando Paulete falava e se empolgava ela girava, girava o corpo e as mãos, mas girava tanto que as mãos pareciam elicie de helicóptero, ou lamina de ventilador e ela quase levantava vôo.
Sempre a mãe dela a Dona Kaka era convidada, convidada não né, era obrigada a ir à escola e ouvir todas as trapalhadas da filha:
- Paulete fez isso, Paulete fez aquilo, diziam as professoras e pedagogas.
A última que Paulete arrumou? No recreio ela pegou um patins vermelho que ganhou no Natal e rodopiou, rodopiou tanto que caiu no latão do lixo, a turma toda deu gargalhadas;
A mãe de Paulete já cansada das aventuras da filha resolveu fazer o que a professora Luíza recomendara e deu um cachorro de presente para ver se ela se acalmava e tomava juízo.
- Paulete, vou te dar um cachorro! Contava Dona Kaká
- mas ele não é de pelúcia é de verdade e você sabe que um bichinho é um ser vivo, portanto, não pode cansar de brincar com ele e jogar no armário, tem que ter responsabilidade, levar para passear, recolher o cocô no plástico, colocar jornal na área para ele ter o seu banheirinho, dar ração e água todos os dias, levar ao veterinário para tomar vacina, e principalmente não pode ficar apertando ou puxando pela coleira porque ele sofre e sente, tem que dar atenção, brincar e educar entendeu?
Paulete rodopiava de alegria e prometia a mãe que ira cumprir todos os compromissos, cruzando os dedos e dando um beijo, de selo de compromisso!
Assim, no dia do seu aniversario de 8 anos as pessoas iam chegando e colocando os presentes debaixo da árvore frondosa que ficava na sala, no meio dos embrulhos lá estava uma caixa rosa com um enorme laçarote azul. Todos queriam saber o que tinha ali, naquela caixa dançante, que se movia para lá e para cá, seria um fantasma?
Na hora dos parabéns finalmente Paulete toda metida abriu a caixinha e de lá saiu uma cabeça e duas patinhas era ele um mini cão da raça yorkshire.
Paulete prontamente subiu no sofá com um livro sobre cachorros que tinha pego na biblioteca da escola começou a ler em voz alta:
- É um yorkshire originário da Grã-betanha, (que fica lá na Europa) apontava ela para o ar, terra de Reis e Rainhas e daqueles ônibus vermelhinhos de dois andares.
-Continua! Berrou o primo
- O yorkshie foi chamado de Terrier Escocês somente depois de vários anos, por volta de 1870, é que foi adotado o seu nome atual, em homenagem à Escócia. Era companheiro dos operários e trabalhadores das minas de carvão do condado de York (Inglaterra). Somente em fins da era Vitoriana é que ganhou status, ao se tornar companheiro inseparável das damas da aristocracia e alta burguesia. Os norte-americanos que seguiam os costumes da corte inglesa também passaram a adotar o Yorkshire Terrier, sendo que o primeiro registro de um yorkie nascido nos Estados Unidos data de 1872. Gostaram?
Disse Paulete, já quase sem fôlego: - " Há! E tem mais, berrou ela, esse aqui tem pedigree!, é de raça, chique que nem a realeza inglesa!
- Ele é bem pequenininho e bagunceiro também! Dizia a mãe de uma amiguinha de paulete,
- a mãe da Paulete não sabia que os cachorros imitam os donos, ficam iguaizinhos! Disse outra mãe sorrindo.
-Oh, mas que gracinha! Ué cadê a gracinha? Falou Dudinha a vizinha de Paulete.
O cachorrinho já tinha corrido para debaixo da mesa e ia passando e levantando a toalha e fazendo xixi em todos os pés de cadeiras e nos sapados das senhoras que lá estavam sentadas. Assim se formou o primeiro alvoroço do cãozinho. As mulheres se levantavam correndo, as crianças se jogavam debaixo da mesa para pegar o cãozinho e a Dona Kaka, mãe da Paulete, não acreditva na bagunça formada. O cãozinho tanto fez que o bolo foi ao chão e as crianças começaram a fazer guerra de bolo na cara.
DIA SEGUINTE
No dia seguinte Paulete acordou e foi logo ver aonde ele se encontrava e nada de achar o cão, quando chegou na sala Adelir, uma espécie de empregada, arrumadeira, gourmet, governanta, enfermeira e psicóloga da família, estava com uma vassoura na mão e um teço na outra. Adelir estava branca, e rezava, rezava, e Paulete perguntou:
-O que houve Adelir?
-Meu Deus tem assombração naquela árvore, ela esta se mexendo. Meu Deus, por favor, afasta a alma penada daquele lugar, livre nos de todo o mal senhor. Eu amarro essa árvore em nome de ...
E antes que Paulete pudesse constatar o que deveria ser, Adelir já tinha desmaiado. Um corre corre, um Deus nos acuda e lá estava ele feliz e satisfeito cavando um buraco dentro do vaso da árvore para esconder um pedaço de kibe que estava no chão e seria a sua primeira caça.
Mais tarde, Adelir já recuperada, todos voltando para casa e o Dinho primo da Paulete perguntou:
- Qual vai ser o nome dele? Coisa feia, peruca andante, carroça de pulga?
-Bem, ele é tão pequenininho que o único nome que cabe nele é Zé! É o único nome que cabe na placa de identificação de pescoço. Disse Daninha.
Paulete não muito satisfeita pensou- mas será que existe esse nome Zé na Inglaterra? Um lorde com o nome de Zé? É, mas ele vive é no Brasil mesmo, ponderou.
Paulete tinha um esconderijo, o lugar sagrado aonde ela conseguia sossegar e fixar a atenção; era na sala de estar da família; quando todos iam dormir, Paulete ia para o seu templo sagrado, a sala tinha um sofá vermelho, e na mesinha de estar tinha um enorme livro, de capa de couro vermelha do tamanho da mesinha, com letras douradas escrito, Dom Quixote de La Mancha. O livro era o preferido do pai dela, que era espanhol. Ele não deixava ninguém pegar porque era uma edição de luxo! Segundo seu pai:
-era a grande obra literária, um dos livros mais lidos no mundo, uma obra literária mesmo, de verdade! Escrito por Miguel de Cervantes Saavedra, autor desta que é a mais importante obra em castelhano. Em 2002, uma impressionante comissão de críticos literários de várias partes do mundo escolheu o livro Dom Quixote de La Mancha como a melhor obra de ficção de todos os tempos!!!!
Paulete repetia isso apesar de não entender nada do que o pai estava falando, você também não? Pergunta aos seus pais.
Paulete se achava poderosa, pois, foi escrito em 1605 e na lógica dela se o livro foi escrito em 1605, ele era bem velinho, ela estava folheando algo antigo, de outros tempos, raridade.
Mas a noite Paulete fugia da cama, calçava seu patins vermelho, sentava no sofá vermelho e folheava o livro vermelho... detalhe, a Paulette sempre dizia que quando crescer queria ser bombeira para usar roupa vermelha!
Ela nada entendia, pois, o Cervantes escrevia em espanhol antigo, mas, ela adorava os desenhos daquele enorme livro que mal conseguia passar as páginas.
No seu aniversario além do cachorro dado pela sua mãe o seu pai dera-lhe um Dom Quixote das crianças uma “ tradução” sobre a obra de Cervantes, escrita por Monteiro Lobato, ele mesmo o pai do sitio do Pica Pau Amarelo.
Desde então, quando toda a família se reunia para ver a novela, Paulete se trancava no quarto com o seu fiel escudeiro Zé e, lia em voz alta as travessuras o velho fidalgo
Zé ouvia atentamente...
2 comentários:
Dudex adorei a história do Zé!! Nem sabia que vc tinha outro blog...já to te seguindo. Bjs Zela (o:
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